terça-feira, 10 de março de 2009

Ah, a poesia!

Na deliciosa Casa de Beatriz, ela, que não chama Beatriz, recorreu sabiamente à poesia de Drummond quando o coraçao desistiu de procurar as palavras que insistiam em não aparecer. Eu, que adoro aquela casa, faço o mesmo e entrego a Bandeira a tarefa de traduzir em poesia as palavras perdidas daquele meu vagabundo coração.

O Rio

Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refletí-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Minhas meninas


Faz tempo que não vejo minhas meninas, mas mato a saudade com pequenas doses diárias de boas lembranças. Ontem mesmo, quando finalmente fui ao Tampopo e a Claudia me disse que a cliente-fundadora, a responsável pela proliferação de (ex) puquianas era a Georgia lembrei de uma ocasião em que ela apareceu toda linda com os cachos soltos e brilhantes, causando alvoroço. Lembrei como adoro a sua risada: mesmo quando é tímida, é grande e solta. Parece que a qualquer momento ela vai ter um ataque de riso, o que me dá ainda mais vontade de rir. Todos os dias eu imagino como deve estar a Jo em sua casinha amarela tão cheia de amor. Será que o emprego novo é bacana? Será que ela consegue enganar o editor e, cheia de graça, botar uma raspa de poesia em tudo que escreve? Penso na Jé. Ela, com sua incrível habilidade de ouvir, sempre arruma um tempo para de alguma forma me abraçar e dizer "ei, Benito, estou aqui". Tenho saudade das nossas tardes preguiçosas na Benê, das cervejas de domingo no velho Arpege. Espio o blog da Aninha e fico feliz da vida vendo que tenha visitado a cidade que tanto a enche de alegria. Ela me delicia com suas aventuras cinematográficas. Tudo está impecavelmente caprichado, muito bonito. Todas essas sensações e lembranças carinhosas viram um filme na minha cabeça, daqueles que a gente não sabe explicar por quê gosta tanto, nem interessa quem fez ou como vai terminar, daqueles que amaciam, esquentam e viram um post açucarado, doce e feliz, e a vontade é a de ilustrá-lo com nada mais nada menos do que um rechonchudo coração.