quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tarde de Verão


Dormir abraçada com minha gata, passar a noite em claro conversando, me espreguiçar, comer a pelinha da unha, dançar, rir de coisas bobas, acordar sem o despertador, tomar sol e mergulhar no mar. Assim como a francesinha Amelie Polain, acho que todos nós temos pequenos prazeres que quando acontecem fazem pensar em como é gostoso viver e estar vivo.

Sentir o vento batendo no rosto. Acho que o que nos mata é a pressa que somos obrigados a viver. Correndo sempre, atrasado, olhando para o relógio sem parar. Estes pequenos momentos acabam passando batidos e o que sobra? Só a correria. O mar dá lugar ao carro, o vento à fumaça, a gatinha à solidão. Não sei se existe cura para este mal, mas, depende de cada um de nós tentar.

Cantar bem alto. Sinto que o momento que conseguimos nos desprender e sentir tudo com mais leveza é quando viajamos. Assim como o gnomo da Amelie. Parece que deixamos tudo guardadinho em casa e fazemos uma mala cheia de surpresas e não sobra nem uma bolsinha para as preocupações. Nas viagens, o atraso é para chegar antes do sol se pôr, mas se descansar foi a escolha, assistir o final do dia já conta pelo dia inteiro. Dormir pouco, acordar cansado no dia seguinte não é um problema, até por que o motivo do relógio ter andado tão rápido na noite anterior e de você não ter visto deve ter valido a pena e o cansaço não vai fazer cansar.

Dançar e rodopiar até de manhã. Por que será que é tão difícil viver com mais leveza, por que as coisas parecem ser tão complicadas e cheias de perguntas, quando a solução está na simplicidade de ver tudo como é. Sempre com nossos medos, desconfianças e receios. Quando tudo é o que se vê. Por que o não é inaceitável se todos nós já falamos e ainda vamos falar muitas vezes? Por que as surpresas se tornaram cobranças e os carinhos compromissos? Quem inventou essa lei que ser seguro é viver na superficialidade.

Beijo na testa. Deixar a vida levar, para onde quer que as coisas queiram caminhar. Parece fácil falar, certo? Mas fácil que falar é difícil viver. Mesmo assim, garanto, você pode ter acostumado uma vida inteira na insegurança de ser segura na incerteza de ter uma vida certa e regrada. Se você passar um dia apenas e experimentar um pouquinho dessa leveza, pode ter certeza que mesmo com o costume, vai ser difícil ver tudo com a segurança de antes. Até por que, como diriam os mais trágicos, na vida a única certeza que temos é a morte. Antes do não pense que com sim vem como brinde estes momentos que só percebemos o quanto são bons quando estamos preparados para.

Se ficou parecendo um texto de auto-ajuda, acho que por mais que não tenha o hábito de ler, vou ter que admitir que se estes autores conseguem seguir a vida assim e até escrever um livro inteirinho sobre, são pessoas iluminadas. Sorriso de criança, comer uma coxinha de madrugada, receber uma mensagem inesperada. Ai está o grande segredo, pequenos momentos que fazem uma grande vida.

E por falar em poesia

E por falar em poesia – e não me refiro somente a capacidade ou a arte de se fazer sensibilidade e flores com a ponta do lápis – tenho mania de dividir as pessoas no mundo em duas categorias: com poesia e sem poesia! E não é de primeiro enxergar que se percebe a categoria de cada um...Ah, leva tempo, sabia? Mas existem as primeiras impressões, que me fazem, às vezes, querer não ter passado disso com certas pessoas. Afinal, com alguns, o encanto simplesmente desaparece após o primeiro contato.

Quero contar um exemplo de uma primeira impressão um tanto quanto marcante, um tanto quanto poesia. No ônibus, um dia, pus-me a ouvir a conversa de um casal sentado à frente. Tá, feio, talvez, mas gosto da forma como pessoas desconhecidas podem variar o uso das palavras e com essa escolha chega aos meus ouvidos. Claro, o tema, também, ás vezes, faz cócegas em minha curiosidade. Mas...voltando ao assunto, ouvindo a conversa, vi que formavam um casal simples, de vestir roto, cujo falar fugia às regras da tal gramática normativa. Talvez nordeste, talvez Ceará ou Paraíba, não sei. O assunto que discutiam, confesso não me lembrar de nada, mas o soar das palavras me comovia. O carinho com que se tratavam, mesmo com o vocabulário pouco, um tanto quanto Vidas Secas, também. E, em meio a tudo, cantaram a palavra “desorbitado” – “Tal pessoa era desorbitada”...Aquilo chegou em mim com uma potência. A associação feita, a delicadeza da palavra usada, tudo me fez enxergar a poesia que trasbordava ali, daquele Fabiano e daquela Sinhá Vitória. E ainda se completou o lirismo quando ele, de olhos claros e barba ruiva, já se levantando, disse: "- Sente aqui moça."

Tá, eu sei, a história pode surgir como o “Sim em uma sala negativa”, como bem fez João Cabral ao apresentar a poesia sofrida dos Severinos dessa vida. Ou plantada como foi plantada toda a poesia do mundo no sertão de “O Céu de Suely”. Ou como em tantas outras manifestações artísticas que transformam dramas sociais em Manacás da Serra, em tempos de primavera. Mas aqui não era minha intenção, juro! Foi a primeira impressão, pintada dentro de um ônibus lotado, onde a universitariazinha da Puc aceitava o lugar de um dos Fabianos ou Severinos dessa terra. Contradições, preconceitos, ilusões, mistificações, pode sim, ser tudo isso...mas eu só queria a poesia!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Só poesia


Como pode a poesia estar em tantos lugares ao mesmo tempo? Está em todo lugar, você viu? Hoje eu vi uma pomba voando enquanto recordava, ouvindo o cavaquinho de Warley Henrique. Paz. Hoje eu vi uma pomba voando na rua, um velhinho passando, um policial careca olhando e a poesia rindo-se de tudo isso, deliciada. A poesia rindo-se, chorando? Que linda é essa música, Recordando. Como pode existir música em tudo isso e a gente só ouvir quando decide ouvir ou a vida diz "Escuta!"? Se a gente parasse para reparar a todo instante como tudo é tão lindo, tão perfeito, uma só coisa, talvez não precisasse trabalhar, não precisasse andar, respirar, sofrer, chorar. Porque só o que a gente precisa é amar os instantes, como eu amo escrever neste blog e amo ouvir esta canção, agora.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A menina e o ratinho


Remy, você, me olhando com que olhos. Essa carinha que me mata, que me faz querer tomar sorvete em Paris todos os dias, mesmo em dias mais frios! Não faz essa carinha que meu coração vira um pedacinho de nada, e tenho medo de, sem-coração, não passear com você daquele jeito que passeamos, você lembra? Às vezes me vem uma saudade de alguma coisa que eu nem o que é, nem de donde. E eu também, Miguilim, senti vontade de falar com meu anjo da guarda. Esquenta, não. Aperta. Não me olha, assim, Remy, mas não deixa de olhar, pode? Vamos passear por Paris em nossos sonhos, vamos brincar de abraçar, vamos deixar de lado a flor e o sorriso, um instantinho só - instante qual? - e guardar o amor. Guarda este segredo: é de Diadorim que você deve de me chamar. Vamos distribuir amor, sem medo, não é, Diadorim? É você, Remy. Somos nós: a menina e o ratinho. Se sim ou se não, você, com que olhos!

Surpresas e diamantes

Gosto tanto de surpresas. E não digo só das surpresas momentâneas, feitas por alguém em plena consciência de fazê-las. Mas aquelas surpresas que só são visíveis pr’os nossos olhos, sabe? Tipo quando nos surpreendemos com coisas à toa para o mundo, mas pra gente...ah, pra gente fazem o mundo.

Ando me surpreendendo constantemente com certas pessoas que caminham ao lado. A própria Menina de Lá que, em uma manhã de sábado, me mostrou, em uma conversa, como é crescer de um dia para o outro, como um corte de cabelo pode revelar mais do que uma simples mudança de visual, mas uma mudança da menina para a mulher. E como é preciso ser gente grande para tomar certas decisões e como certas decisões podem doer...mas no final, ah! no final, tudo dá certo, sempre.

Bom, e têm outras pessoas que ultimamente vem me mostrando outras formas de enxergar o mundo, me deixando menos virginiana, menos menina, e maior. Maior em intensidade, maior em potência, maior por simplesmente estar aprendendo a agir com mais leveza. Tá, eu sei, isso já devia estar guardadinho dentro de mim (claro que estava!) mas, certas pessoas, simplesmente, despertam a vontade de pôr pra fora e de me tornar alguém melhor.

E, em meio a turbulência de sentimentos e sensações vindas de todas as partes das Meninas de Lá, frases soltas e desconexas fazem o meu mundo...

Pessoas surpreendentes me encantam
Mini-chicabon é um pedacinho do melhor sorvete do mundo
Ver a amiga chorando me deixa sem ação e sem palavras
Preciso entender que não dá para abraçar o mundo
Acredito que a incerteza faz parte da entrega
Adoro quem me faz rir
Não gosto de cafuné, mas ando aprendendo a fazer
João Rosa me faz chorar, sempre
Quero aprender assobiar
Fome e sono me deixam de mau-humor
Não há explicação pra tudo. Mas há sensação
Gosto de geléia com manteiga e de brigadeiro com bolacha
Frio dói
Desamor, desinteresse, descaso, despreocupação também
A distância e a frieza de alguns momentos são só disfarces
Dias de sol pintam sorrisos
Queria poder tirar dores com as mãos
Demoro muito para escolher roupas de manhã
Ainda acredito em honestidade e mundo melhor
Me irrito fácil, entre outros muitos defeitos
Me casaria com o cigano Mickey (Brad Pitt) de Snatch – Porcos e Diamantes
Salada de fruta não deveria ter mamão
Dizem que pequenos deslizes e desvarios fazem da vida melhor. Passei a concordar
Poesia e prosa fazem parte das minhas alegrias
Acredito no amor de hoje porque amanhã ninguém sabe o que sente
Queria ser grande o bastante para conseguir enxergar as coisas como crianças
E, de verdade, “quero uma casinha onde mora o sol poente, pra finalmente a gente, simplesmente, ser feliz.”

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Idade do Céu

Deixe que o tempo cure


Tem dias que a inspiração não vem, definitivamente. Hoje eu queria dizer, sentir e cantar muitas coisas, mas nada vinha à cabeça. Foi quando, me lembrando do feriado em terras cariocas, me surgiu uma música que escutei repetidas vezes por lá. É um trecho da versão de Paulinho Moska para a canção: “A Idade do Céu”.
Que ela diga por mim.


“Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...
Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...
Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...”.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Linda, Teresa



Entre estradas de sol e meditações, fico hoje com maracangalha, na voz dela.

Maracangalha
(Teresa Salgueiro)

Eu vou pra Maracangalha eu vou
Eu vou de uniforme branco eu vou
Eu vou de chapéu de palha eu vou
Eu vou convidar Anália eu vou
Se Anália não quiser ir eu vou só
Eu vou só eu vou só
Se Anália não quiser ir eu vou só
Eu vou só eu vou só.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Bebidas e Verdades


Ressaca brava daquele sábado narrado em um dos últimos posts. Aquela dor de cabeça, estômago embrulhado e vontade de ficar no meio das cobertas o dia inteiro, como se você fosse uma larvinha e quando saísse de lá se transformaria em uma linda borboleta e esqueceria, de vez, de tudo o que havia passado na noite anterior.

Mas uma hora você tem que levantar e quando sai do casulo, as coisas começam a aparecer como um filminho na sua cabeça. Pena que muitas vezes, esse rolo do filme queima e você não consegue assistir a cena até o final. Amnésia, mas não total. Você lembra só da metade, sabe que disse, mas não exatamente o que e como. Ainda pior são aquelas ligações. "Você não lembra o que fez?", "E aquela hora o que você falou tal coisa....".

Sempre que isso acontece eu quero me enfiar em um buraco como uma ema, assim como diria nossa mais nova Menina de Lá. Dessa vez não foi diferente. Mas estava pensando agora a tarde, será que quando ficamos completamente bêbados não colocamos para fora quem nós realmente somos? E se nós nos comportássemos como bêbados sempre? Será que tomaríamos mais banho de chuva, daríamos mais risada, não nos preocuparíamos tanto com o que os outros acham?

Acho que o grande feito do álcool é tirar essas máscaras que fomos acostumados a ter e usar. Embriagados nós soltamos nossas vontades e mostramos mais quem somos de verdade. Mas agora vai minha pergunta e se uma de vocês souber responder, por favor, fiquem à vontade. Por que nos arrependemos no dia seguinte?

domingo, 11 de novembro de 2007

Para as lindas meninas de lá

A idéia era postar um áudio com um trecho de Grande Sertão narrado por um miguilim em Cordisburgo, chamado "A revelação do nome". Por falhas tecnológicas, transcrevo: Reinaldo conta a seu grande amigo Riobaldo que seu verdadeiro nome é Diadorim. "Sempre que estivermos sozinhos, é de Diadorim que você deve de me chamar", ele diz. Riobaldo entende: "Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, sem encalço. A amizade dele ele me dava, e amizade dada, é amor".

Os embalos de sábado à noite

Vila Madalena, dez pra uma da manhã. O encontro foi na padaria, depois de algumas dezenas de minutos esperando a amiga do interior. As duas conversavam sobre a vida e a outra chegou para cortar o assunto e acelerar a ida. Afinal, tinham outro destino: a Comunidade João Ramalho, onde rolava a festa. Mas precisavam contribuir com cervejas, por isso, o ponto de encontro na padaria (e olha que mesmo estando em uma padaria ao invés de um supermercado 24 horas, elas conseguiram pagar um preço justo).

Saíram de lá rumo a festança, mas decidiram fazer uma paradinha antes. No bar da frente.
- Por favor, você tem tequila?
- Tenho sim.
- Três doses, por favor.
- Ouro ou prata?
- Qual a diferença?
- Ah, a ouro é melhor.
- Então pode ser a ouro, mesmo.

Enfim, na frente delas, três copinhos, limões e sal. Elas no balcão e todos ao redor com olhos arregalados e a pergunta: elas são maiores de idade? A de olhos azuis não sabia muito bem como fazer. As outras duas também não eram as mais entendidas, mas disfarçavam.
- Como é que faz?
- Chupa e toma. (Risos)

Sal no limão, limão na boca e um, dois e três, vira-se o copinho. Em volta uma platéia entusiasmada, que parecia não acreditar no que elas faziam, mas riam. Mas a primeira tentativa não foi muito boa. Não chegaram nem a metade do copo. Mais limão, mais sal e outra vez vira-se o copinho. Um delas acaba e a platéia vibra. As outras duas disputam o segundo lugar.

Pagaram e tiveram direito a um chorinho. Mais um copo, vira-vira, cada uma de uma vez. Por fim, despediram-se, recebendo aplausos da platéia. Seguiram, com calor e bochechas cor-de-rosa. Que bom sair da Vila, fora de todo aquele trânsito.

Duas horas da manhã. Chegaram ao lugar. Muita gente bonita, diversão e clima de paquera (risos!). Mas, de verdade, a música era ótima. E estavam todos os queridos para rir junto, dançar junto e bater papo bom. No meio da muvuca encontraram A Menina de Lá que faltava. E mais pra lá do que pra cá, mesmo. Aliás, as quatro. Engraçadíssimas.

Noite boa, para se guardar. Elas e todos os queridos que são parte delas fazem tão bem! E como diria Drummond: “Mas essa lua, mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo”.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Convite


Ele é morena, cabelos enrolados, olhos escuros, tanto, que lembram bolas-de-gude e, se tivessem sabor, seriam de jabuticabas. Virginiana como eu, ela tem a sensibilidade à flor da pele. No início, achava que ela sabia disfarçar sensações e sentimentos, tão diferente de mim, apesar da mesma influência no zodíaco. Mas ao longo do tempo, descobri que não sabe disfarçar nada. Ela revela no olhar, nas respostas, nos abraços as alegrias e tristezas, as raivas e doçuras, a bondade e a irritação.
Ela tem o canto dela. E que respeitem isso e saibam chegar, minha gente. Parece que carrega no colo, no sorriso, no andar danças e poesias! Carrega também a insegurança das grandes mulheres. Porque sim, grandes mulheres também são inseguras, mas sabem lidar com isso, trabalhar isso, mesmo que seja chorando, escrevendo, gritando, dançando, fechando a cara...
Ultimamente, ela anda bem bossa nova. Com aquela melancoliazinha disfarçada pela melodia gostosa. Por isso e por outros tantos motivos, as Meninas de Lá gostariam de convidá-la a escrever aqui, com a gente, quando tiver vontade. Botar pra fora o que tem dentro, ou não! Ou usar o espaço pra escrever engraçadices, ou besteiras, ou poesias ou conselhos. Enfim, fazer do nosso cantinho, dela também.
Geó, divide a sua poesia com a gente?

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Paciência





Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Elas com elas


Quinta-feira. Estavam as quatro. Umas na cervejinha, outras no sanduíche de berinjela. Rindo, sonhando e lembrando canções bregas, aquelas da adolescência, hits da época. De tudo teve um pouco. Conversas cruzadas, mais amigas, gente estranha, uma mesa pequena, depois uma mesa grande. Além dos trechos daquelas músicas que ninguém sabe o porquê guardamos na memória, estivemos em tantos lugares. Viajamos. Fomos bem longe. Estivemos no Acre e constatamos sua existência. Claro, tudo não passa de uma boa piada. Caminhamos também lá pras bandas do Suriname, da Guiana Francesa, de Santo Domingo, de El Salvador. Até no Panamá e em Roraima nós passeamos. Pena que esquecemos do Piauí, uma pena, mas fica pra outro dia, junto com todos aqueles lugares que ainda iremos visitar.
E rimos e sonhamos. Mais tarde cada uma foi para um lado.

— Que saudade!
— Nos vemos amanhã, honey?
— Claro, a gente se liga.
— Tchau, Naneto, boa praia.
— Vamos, Jô, tem um táxi ali.