quinta-feira, 22 de novembro de 2007
A menina e o ratinho
Remy, você, me olhando com que olhos. Essa carinha que me mata, que me faz querer tomar sorvete em Paris todos os dias, mesmo em dias mais frios! Não faz essa carinha que meu coração vira um pedacinho de nada, e tenho medo de, sem-coração, não passear com você daquele jeito que passeamos, você lembra? Às vezes me vem uma saudade de alguma coisa que eu nem o que é, nem de donde. E eu também, Miguilim, senti vontade de falar com meu anjo da guarda. Esquenta, não. Aperta. Não me olha, assim, Remy, mas não deixa de olhar, pode? Vamos passear por Paris em nossos sonhos, vamos brincar de abraçar, vamos deixar de lado a flor e o sorriso, um instantinho só - instante qual? - e guardar o amor. Guarda este segredo: é de Diadorim que você deve de me chamar. Vamos distribuir amor, sem medo, não é, Diadorim? É você, Remy. Somos nós: a menina e o ratinho. Se sim ou se não, você, com que olhos!
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