segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A noite na cidade

Não sei se acontece com todo mundo, mas sei que comigo é assim: reconheço nitidamente, como se viessem acompanhados de luz (acho que como os filmes no cinema que surgem, de repente, em um clarão no meio da sala escura) os momentos de felicidade intensa. Daquela pura e simples que enche o peito e deixa a gente corado.

Sinto isso em ocasiões mais previsíveis, como naqueles dias de um puta sol em que tenho a sorte de estar sentada em uma canga de bolinhas, sentindo o vento quente, com um suco de mexerica ao lado e à frente...só o mar!

Mas há também aqueles momentos menos esperados, que são reconhecidos em meio à música alta, ao cheiro de cigarro e aos sons confusos de pessoas tentando acompanhar a letra. A visão um pouco nublada pela mistura de cores não deixa a gente pensar direito, mas aí, quem comanda é o sentir.

Sentir o querer-bem quando ele dança atrapalhado só pra me agradar. Quando, na pista com os amigos, um olhar te surpreende, mirando de longe, encontado na parede e fingindo não se importar. Quando apertados, cantamos juntos "Menina musa do verão você conquistou o meu coração, tô vidrado" e eu, derramando cerveja em todo mundo, enquanto ele ri maroto, debochando das minhas trapalhadas. Quando no frio, ao nascer do dia, ele abre o moleton pra que eu, pequena, me encaixe no peito e, como desculpa para o gostar, dizer tímida: está frio, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

a gente esquenta!
noites perfeitas e dias que nascem apenas para iluminar essa alegria toda!

marcela dantés disse...

o amor é tão gostoso, né?