terça-feira, 30 de setembro de 2008

vespertinas


Uma música flamenca. O violão que rodeia enquanto ela se curva, delicadeza e sensualidade, a alma quase sai do corpo, retorna, rodopia no ventre e estremece cada pedaço daquele corpo feito de carne e prazer.

Bocas frescas como a madrugada. Tomava vinho enquanto cantarolava "La Vie en Rose". Juntos, dançavam como antigamente.

Morava no país das sinfonias coloridas, como aquele quadro de Kandynski. Gostava da palavra sussurro. Só de ouvir, se arrepiava.

Um dia descobriu que tudo não passava de uma ficção.

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