Todas as manhãs Maria chegava ao trabalho, ligava o computador, deixava suas coisas em cima da mesa e ia, com sua linda bolsinha vermelha, até a máquina de cafés. Separava os sessenta centavos e colocava moeda por moeda no local indicado. Em seguida, apertava os botões de “extra açúcar” e o do tipo de café desejado, que, diga-se de passagem, era sempre o mesmo.
— Ué, eu trabalho aqui há tanto tempo e isso nunca aconteceu comigo!
A amiga foi primeiro e a máquina se comportou normalmente, sem soltar sequer um troquinho. Na vez de Maria, como não podia ser diferente, seis moedas de dez centavos foram caindo desesperadamente no chão. As duas se olharam confusas.
Papo vai, papo vem, Maria aponta para a máquina que dava moedas e pergunta à amiga por que ela não apertava o botão de “café solúvel livre”. No que Gigi responde:
— Ah, esse café é de graça, mas não é muito bom não.
Rapidamente, as duas se olharam e riram, como uma epifania. Enfim, estava solucionado o mistério da famigerada máquina. Mas não sem antes Maria, orgulhosa, afirmar que o café gratuito era, sim, muito bom.
10 comentários:
Hahahahahaha...muito bom!!!! Imaginei a cena, menininhas daí.
Amo vcs...
gostava tanto do mistério, gostava gostava. historinha singela essa nossa. ahh mon!!! lindo texto.
Ahahahaha... Essa Maria é mei lesiiiinhaaaa, hein??? :P
Muito legal!!!
hoje em dia essa Maria ainda deixa as moedinhas lá, só pela tradição?
Hahaha!
Não, hoje em dia essa Maria aprendeu a lição e vai sem sua bolsinha tomar o café gratuito!
sério, mon? o gratuito? ai, hermeto, vai deixar vazio....
Hahaha...ai Naneto, antes a máquina vazia do que a bolsinha vermelha, hein?
hahaahhaha não, Djouena, a hermeto vai deixar vazio...
Acho que conheci algumas Marias...acho que todo mundos já teve seu momento Maria.
Tá lindo e divertido.
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