Certo dia do era uma vez, Tristão pergunta à Isolda se amavam-se ou amavam amar um ao outro. Ela fez cara de confusão, mas orgulhosa que é, foi logo é ficando irritada com o papo. Oras, como assim alguém amar o amor? Isso pra ela era vício.
Pela telona, o filme homônimo ao post antecipou-se e disse - "O ministério da saúde adverte: amar faz mal à saúde." Horrorizada, Isolda imediatamente se levantou na sala escura e perguntou ao herói: Dá pra morrer de amor?!
Tristão foi logo soltando um "por você, sim" ensaiado, resposta que mora na ponta da língua dos heróis das tragédias medievais. Por um lado, ela achou a idéia bonita, mas por outro, a resposta atingiu seu coração áspera e inevitável: o amor um dia vai fazer doer. E se não doer, é amor? Ou o amor é aquilo que fica quando a dor cansa e desiste?
Isolda bem sabia de uma coisa: que às vezes, o amor dói pra caralho! Mas vale todas as penas do mundo.
4 comentários:
"Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é", escreveu a Adélia Prado
confuso ou doído... sou obrigado a concordar totalmente com o trovador medieval e dizer que não importa onde ou como bate, amar você vale qualquer pena! e um amor assim - por você e por te amar, Joaninha - fica sempre.
Vou de Guimarães Rosa: "Amor vem de amor".
Lindo texto.
amei o texto. me fez lembrar que ainda vale a pena!
beijo,
rô dezan
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