quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ai, aquela mancha...


Resolvi escrever de uma maneira diferente. Sentada em um bar, relembrei uma história e pensando nela imaginei uma crônica daquelas que podiam se tornar filmes. Sempre ouvi dos outros que minha vida é uma novela mexicana e eu não duvido.

Estava tudo pronto! As malas, o presente para a família e o friozinho na barriga que custava a diminuir. Era uma situação nova, mas que, apesar daquele medinho, estava ansiosa querendo que chegasse logo. Chegamos. Uma casa grande e bonita. O frio se tornou em uma nevasca! Não sabia muito bem o que fazer, ficava parada, sem nem saber onde colocava meus braços. Entramos. Na mesa da cozinha já avistei um bolo de dois andares e uns três pães caseiros. Imaginei a saudade que eles estariam do filho.

O pai ajudou com as malas e seu sorriso me confortou um pouco, a mãe acordou só para abraçar o filho e saber quem era a menina que estava "roubando" ele de seu ninho. Fiquei calada, nem comer eu conseguia. Chegamos tarde e logo fomos dormir. Eu com as primas e irmã e ele sozinho e com a porta do quarto aberta! Combinamos que assim que acordasse ele me chamaria, não queria descer sozinha.

Abri os olhos e vi minhas companheiras de quarto descendo felizes da vida, usando um pijaminha cor-se-rosa com lacinhos. Sabe quando você acorda em um lugar novo, não entende muito bem o que está acontecendo e faz tudo por impulso? Pulei da cama e quando vi já estava na mesa do café-da-manhã com as meninas rosas, com o pai e a mãe. E ele? Boa pergunta! Ou melhor, a boa pergunta seria: pq não pensei antes de fazer as malas??

Todos com hobbys, laços e pantufas macias. Depois do susto consegui me olhar. Mini shortinho e um moleton, mas não era qualquer moleton. Ele ainda tinha o charme de estar rasgado na gola e mangas e para completar o modelito uma grande mancha de chocolate no meio do peito! Pensei oq seria melhor esconder: as pernas, a mancha, o rasgo! E ele? Desceu depois de quinze minutos de banho tomado e vestido. A mãe que já me olhava mesmo com trajes normais deve ter se divertido com tudo aquilo. Me trocar? Acho que essa idéia não ia ajudar. Já estava feito, todos já tinham visto e me trocar ia ser assinar embaixo da vergonha! Conclusão: tentei esquecer dos meus trajes, tomei meu café e subi p/, finalmente, me trocar!

A viagem não acabou por ai, nos próximos posts eu conto a tarde de sábado e a feijoada na casa da vovozinha doida no domingo!

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