domingo, 11 de novembro de 2007

Os embalos de sábado à noite

Vila Madalena, dez pra uma da manhã. O encontro foi na padaria, depois de algumas dezenas de minutos esperando a amiga do interior. As duas conversavam sobre a vida e a outra chegou para cortar o assunto e acelerar a ida. Afinal, tinham outro destino: a Comunidade João Ramalho, onde rolava a festa. Mas precisavam contribuir com cervejas, por isso, o ponto de encontro na padaria (e olha que mesmo estando em uma padaria ao invés de um supermercado 24 horas, elas conseguiram pagar um preço justo).

Saíram de lá rumo a festança, mas decidiram fazer uma paradinha antes. No bar da frente.
- Por favor, você tem tequila?
- Tenho sim.
- Três doses, por favor.
- Ouro ou prata?
- Qual a diferença?
- Ah, a ouro é melhor.
- Então pode ser a ouro, mesmo.

Enfim, na frente delas, três copinhos, limões e sal. Elas no balcão e todos ao redor com olhos arregalados e a pergunta: elas são maiores de idade? A de olhos azuis não sabia muito bem como fazer. As outras duas também não eram as mais entendidas, mas disfarçavam.
- Como é que faz?
- Chupa e toma. (Risos)

Sal no limão, limão na boca e um, dois e três, vira-se o copinho. Em volta uma platéia entusiasmada, que parecia não acreditar no que elas faziam, mas riam. Mas a primeira tentativa não foi muito boa. Não chegaram nem a metade do copo. Mais limão, mais sal e outra vez vira-se o copinho. Um delas acaba e a platéia vibra. As outras duas disputam o segundo lugar.

Pagaram e tiveram direito a um chorinho. Mais um copo, vira-vira, cada uma de uma vez. Por fim, despediram-se, recebendo aplausos da platéia. Seguiram, com calor e bochechas cor-de-rosa. Que bom sair da Vila, fora de todo aquele trânsito.

Duas horas da manhã. Chegaram ao lugar. Muita gente bonita, diversão e clima de paquera (risos!). Mas, de verdade, a música era ótima. E estavam todos os queridos para rir junto, dançar junto e bater papo bom. No meio da muvuca encontraram A Menina de Lá que faltava. E mais pra lá do que pra cá, mesmo. Aliás, as quatro. Engraçadíssimas.

Noite boa, para se guardar. Elas e todos os queridos que são parte delas fazem tão bem! E como diria Drummond: “Mas essa lua, mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo”.