Se sentia uma menina. No carro, sonhava em voar. Mas se contentaria com um trapézio, balançando em camêra lenta, quando de cabeça para baixo pudesse sentir o vento em sua cara. Enquanto isso uma música tocava, às vezes triste, às vezes infinito. Pensando bem, queria era que a vida toda fosse em câmera lenta, para poder sentir mais e melhor aquilo tudo que ela sabia que existia e que se chateava às vezes por não conseguir enxergar.
Seu impulso pela vida era do tamanho do balão, justamente aquele, que ela imaginava que iria levá-la para longe, lá onde não é necessário acordar, porque não existe o cansaço nem a obrigação. Onde a dor só existe em forma de poesia.
Isso porque ela sabe que a dor pode ser bela. Mas não aquelaque ela sentia de vez em quando.A dor da espera. O cansaço fazia dela fraca. Não suportava não poder pularde vida em vida.
E logo depois se impedia de voar. Porque quando olho aberto, o cansaço voltava. Doia bem ali, do lado esquerdo-direito, cima-baixo. Queria um travesseiro que fosse feito de amor e conforto.
Como se fosse menina de novo, pedia proteção. Mas sempre foi tanto, que nem assim. Já haviam falado para ela que só quem protege é a gente mesmo, mas isso de pedir proteção a si mesmo soava estranho.
Tão pequena, sentia-se indefesa, com vontade de chorar porque não pode chamar o balão só fechando os olhos e pensando forte, com os olhos mais do que cerrados, pressionados.
Queria mesmo era dormir. Ou encontrar alguém que pudesse ensiná-la os mistérios do mundo sem nada em troca. Só um abraço que durasse a vida inteira.
Isso porque ela sabe que a dor pode ser bela. Mas não aquelaque ela sentia de vez em quando.A dor da espera. O cansaço fazia dela fraca. Não suportava não poder pularde vida em vida.
E logo depois se impedia de voar. Porque quando olho aberto, o cansaço voltava. Doia bem ali, do lado esquerdo-direito, cima-baixo. Queria um travesseiro que fosse feito de amor e conforto.
Como se fosse menina de novo, pedia proteção. Mas sempre foi tanto, que nem assim. Já haviam falado para ela que só quem protege é a gente mesmo, mas isso de pedir proteção a si mesmo soava estranho.
Tão pequena, sentia-se indefesa, com vontade de chorar porque não pode chamar o balão só fechando os olhos e pensando forte, com os olhos mais do que cerrados, pressionados.
Queria mesmo era dormir. Ou encontrar alguém que pudesse ensiná-la os mistérios do mundo sem nada em troca. Só um abraço que durasse a vida inteira.
3 comentários:
A menina trapezista, que sonha com balões e asas, tbm sabe - como ninguém - atravessar cordas bambas, pé-pós-pé. E ao chegar do outro lado, sempre abre sorriso triste-feliz e agradece ao público com a graça e e a força de todos os dias. Ah, menina trapezista, se soubesse quanto brilho essas duas jaboticabas carregam. Alias, vc sabe, né?
Dorme não trapezista. Não vale a pena passar o tempo todo sem reparar nas coisas belas que acabam passando pela gente... Serendipity, saca. Quando mal esperamos, elas aparecem. E fazem valer a pena todas as acrobacias
Deu vontade de te abraçar...
Postar um comentário