segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Educando nosso coração
Obs - escrevi esse texto semana passada, acho que meu clima agora é outro, mas não queria deixar de postar
Lembro como se fosse hoje do meu primeiro beijo. Tínhamos combinado que seria na festa de uma amiga, dia 21 de março, durante a música do Titanic. Nessa época tudo começava quando o menino chamava ela para dançar a música lenta. Meu coração quase saiu pela boca quando ouvi o som daquele violino. Assim como combinado, ele veio e ficamos. Ficamos juntos uns seis meses e lembro direitinho que nessa época tudo era permitido, até mensagens no BIP (lembram?) dizendo que amava, o quanto sentia falta, sem pensar nas consequências. O importante era fazer o que sentia. Mesmo que a vontade fosse aparecer do nada onde ele estava, mandar cartas quilométricas, chorar e expor tudinho oq passava dentro de mim.
Tento lembrar quando as coisas começaram a mudar. O momento que eu pensei duas vezes antes de mandar uma mensagem e aquele que nem pensei, já sabia que não tinha que mandar. Mas acho que queria mesmo lembrar quando nem por coincidência eu queria encontrar. Que mesmo gostando e guardando aquele aperto que dói no coração eu me segurasse e achasse que "ele só vai gostar de mim se eu sumir". E eu acreditava tanto naquilo que não era só eu que sumia e sim todo aquele sentimento que tinha alimentado e acreditado.
Queria tanto saber se realmente as coisas funcionam assim e se funcionam o motivo. Depois da história do Titanic outras tantas surgiram e vejo direitinho como ensinamos cada vez mais nossos corações e sentimentos a fazer "aquilo que é certo", o que me deixa triste é que o que é certo normalmente é o que não machuca é o que nos traz segurança. Nós ensinamos nosso coração a pensar, mas quem e em qual momento que nos ensinaram a pensar assim?
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2 comentários:
Muito bonito, Benito!
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
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